segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

AH! EU SOU... eu sou.


Sabe que esse negócio de blog vicia? Espero que meus leitores (Pai e mãe) estejam gostando dos textos. Beijo mãe!
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Ah! Eu sou gaúcho! Admito já ter gritado isso algumas vezes em todos os shows que fui no meu querido Rio Grande, afim de mostrar meu amor pela minha terra. Dizer essa frase é quase tão raro quanto entonar o hino de algum dos clubes da capital em um final de festa.

Não sou um cara viajado, no sentido oficial da palavra, nunca voei de avião (aposto que se escrevesse ‘andei de avião’ vocês nem iam reparar, dã), o lugar mais longe que me desloquei foi até Florianópolis. Mas já foi o suficiente para não ter tanto orgulho assim de ser chamado de gaúcho. Antes que comecem a me mandar mensagens alegando que a profissão da minha mãe não é a de empresária, deixe-me esclarecer os fatos.

Passei cinco dias na capital catarinense, mais precisamente na época do Reveillon. Durante um trajeto qualquer, observei algo simples, mas que logo me fez refletir (Com tantas praias e garotas de biquíni não me dando bola, eu resolvo refletir). Pois o que vi caro leitor, foi uma parada de ônibus. Mais do que uma, todas as paradas de ônibus de Florianópolis eram de vidro. Você pode estar se perguntando: “e daí?”; ou quem sabe esteja afiando a faca, imaginando ela cortando minha garganta. Tentei calcular quanto tempo uma parada de vidro duraria em minha cidade. Logo me vem à cansada massa cinzenta, o verbo durar é incorreto para esta questão, logo que ‘durar’ não é um termo muito correto para o que viria a acontecer com a indefesa parada.

Eu apostaria, no máximo, em dois dias de vida para as infelizes paradas. Gaúcho que sou, sei como são meus conterrâneos. Em uma madrugada qualquer, com seus quatro amigos: Geléia, Alaor, Lacraia e ET (eis aqui um pré-requisito obrigatório para o vandalismo, a platéia), o másculo e orgulhoso gaúcho diz engrossando a voz: “Se liga só na parada que eu vou fazer com essa parada”. Após fazer este ótimo trocadilho, o garoto de 18 anos dá um famoso “pedalaço” na parada.. As garotas que estavam juntas começam a observá-lo admirando o quão viril é o espécime ciclista dizendo: ‘Bah que tri guri, tá afim de toma um ceva no findi na redença?’

Por mais incrível que isto possa parecer, não estou dizendo nenhuma asneira. É só pensar no que fazem com as novas lixeiras “kinder ovo”. Essas, que são de metal, e são fixadas no concreto para evitar vandalismos. Pobre ilusão do governo. O mesmo gauchinho ciclista consegue destruir o mais resistente metal com suas pedaladas de bombacha. Antigamente as lixeiras eram de plástico, e era comum alguém acidentalmente botar fogo nelas. Sabe como é, faz frio aqui no sul, precisamos nos aquecer.

Poderíamos falar também dos orelhões, aposto que adoram fazer piadas de gaúchos. Este é o único motivo que me vem a tona para que os gaúchos detestem tanto assim orelhões a ponto de destruí-los a socos.

A rica prefeitura de Porto Alegre já custa muito para fazer qualquer obra em benefício do povo, e quando faz, recebe como “feed back”, vandalismo e destruição.
Eu até que tentei diminuir um pouco a falta de educação dos gaúchos ao ver uma parada de vidro destruída, na subida do Morro da Cruz, em Florianópolis. Porém, fiquei sabendo de fonte segura (um Policial e gaúcho, entenderam o trocadilho do segura?) que havia ocorrido um acidente de carro naquele local. Mas não desanimei na minha tentativa de difamar os irmãos catarinenses, tentei de novo.

Vi uma parede pixada próxima à beira-mar e, eis que meus olhos brilharam, ufa! Não é só na terra da Yeda Crusis que tem isso! Para meu completo fracasso, fiquei sabendo pela minha fonte segura (entenderam mesmo o trocadilho?), que justamente quem faz isso, são os turistas, os catarinenses não são burros de destruir a própria cidade.

Não estou dizendo que você, caro leitor gaúcho seja burro, porém tente refletir sobre isso antes de procuram meu nome no Orkut para um futuro homicídio. Mas se quiser procurar, for bonita e solteira, meu nome ta aqui do lado direito do blog, sou o cara da foto ali. Vou lhe mostrar como destruo gostoso uma lixeira de metal, babe.

No entanto, não seja burro (acalme-se) como eu (Gaúcho de Porto Alegre) de refletir sobre isso em Floripa. Espere até um momento que não tenha mais nada para fazer, em uma parada de ônibus (ou no que tiver restado dela) em Porto Alegre parece uma boa idéia. Só reserve um bom dinheiro quando for pagar o ônibus, pois parece que tiveram que aumentar o preço da passagem, estão gastando muito com reforma de lixeiras.
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Se nao for muito encomodo, deixa um comentário ai expressando a voz do seu coração

6 comentários:

Unknown disse...

Caro Fagner, juro que tento aprender contigo essa veia humorística e irônica. Mas não é para qualquer um... Então só me resta deixar meus profundos agradecimentos pelos textos e conversas que animam meu dia! :P

Anônimo disse...

Fagner! o Demétrio me mostrou teu blog.. tem mais dois leitores além dos teus pais hehe
bah, sério, teus textos são ótimos! tuas tiradas cômicas deixam o texto muuuito bom de ler!
beijoos

Anônimo disse...

Mas bah guri, show de bola, não são apenas os teus pais que lêem os teus textos, teu mano também lê :) .

No aguardo do próximo!

Abraço

Marcelo disse...

+ um!! + um!! :}

Lucas disse...

Belissimo texto@

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado