sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Diário de um palhacinho


Prezados miguxos, o my one easy entrará em recesso devido a motivos carnavelescos e litorâneos. Mas deixarei este textículo para não deixar-los tão a sós. Daqui alguns dias voltaremos com mais textos sérios e complexos que nos fazem pensar no sentido da vida neste mundo globalizado.
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Depois deste último filme do Batman, as crianças começaram a ter medo de nós, se escondem, tapam a boca, se jogam de prédios. Esses dias na rua fui abordado por uma criança fantasiada de Robin que me disse: “Eu sei de tudo! Você é mau”, e me esfaqueou na perna.

Por causa do Coringa, apesar de nas apresentações do circo eu contar minhas melhores piadas, ninguém mais ri (as de fandangos são minha especialidade: O que vai acontecer quando um fandangos se suicidar? Vai virar fandangos presunto).

Até ver um elefante sentar e levantar parece ser mais divertido para as crianças do que eu.

Hoje eu vou me mandar desta cidade, quero ajudar as pessoas, encontrar palhaços novos, aumentar meu número de amigos no orkut e tirar fotos novas para colocar no meu novo albúm “Ahh, o verão!”. Já tenho outra profissão em mente, quero ser político. O tempo todo ouço pessoas se referindo a atitude destes como “palhaçada”. Não deve existir outra carreira melhor.

Não foi difícil me eleger, usei o slogan: “Se o Brasil é uma piada, vamos deixar-lo ao menos engraçado!”. Em minhas propostas estavam à inserção no ensino fundamental e médio a disciplina de Comédia. Nela, as crianças começariam aprendendo piadas de pontinhos, até chegar à complexas piadas de humor negro.

Foi até divertido nos primeiros segundos, eu achava que estava agradando, afinal todos começaram a rir quando falei de meus projetos. Pedir até pra eu assinar a cueca de um deles quando disse que seria um político honesto. De fato, eu havia conquistado aquele povo. Mas com o passar do tempo percebi que realmente a política no Brasil é uma palhaçada. Mas o mais frustrante para mim foi ver que nenhum daqueles palhaços (políticos) tinha a menor graça.

Estou mudando de carreira novamente meus amiguinhos. Muitas pessoas me comentaram que assistem filmes pornôs e não entendem a história, o drama, o conflito, devido à falta de legenda. Pois então vou investir nisso, irei começar minha carreira de criador de legendas para filmes adultos. Só que estou indo com meu boné. Avisaram-me que quem assisti esses filmes adora descabelar o palhaço.

E além disso, é um trabalho ótimo para um palhaço, já que é pura gozação. E de certa forma, não é muito diferente da minha última carreira, de político. Logo que aqui as pessoas também adoram fu*** as outras.
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AlalaôÔOOo

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O fantástico mundo de Bob


É gente, não dá pra postar todo dia não! As coisas tão meio apertadas, então aí vai um texto direto do túuunel do tempo!
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Assim como hoje, franjas, olhos com delineador e lágrimas estão moda, um dia, o Reggae fez a cabeça dos jovens. Mas o fato é que, esse movimento vem crescendo, mesmo 20 anos depois da morte de Bob Marley e Garrincha.

Os Reggaeros possuem cabelos rasta, os quais são uma celebração a vida microscópica e protesto ao mundo capitalista. Rastafári é uma religião e, se dependesse dela, empresas multinacionais como Seda e Dove estariam comercializando ração para piolhos a base de erva, doce.

Um exemplo de que o Reggae está em expansão, é a indústria cinematográfica. Os Predator’s, do filme Hollywoodiano Alien VS Predator, utilizam cabelos dreadlock’s, sugerindo que essa Religião já alcançou um âmbito universal! E também, no filme “Eu sou a Lenda” com Will Smith e grande elenco, a música tema é Three Little Birds, de Bob Marley, o qual já se encontra nas melhores e nas piores locadoras. Garanta o seu!

Não só no nível cinematográfico essa cultura vem se expandindo, a política também merece destaque. Gilberto Gil, ministro da cultura do governo brasileiro, é um exemplo claro de um Rastafári no poder. O próprio Bob realizou um show para o candidato a Presidência da Jamaica, Fauzi Beydoun, e, acabou sendo baleado, juntamente com sua mulher e seu empresário. Os três sobreviveram sem seqüelas. Infelizmente, algo semelhante ocorreu com o astro 50 Cent, que não teve a mesma sorte. Foi baleado com 9 tiros e, hoje leva a vida como cantor de Rap.

No entanto, os seguidores da religião Rasta possuem um grande defeito. São pessoas muito ansiosas, com pouca paciência. Conviva um pouco com um adepto a essa religião e perceberá que tudo que eles fazem é pra Jah. Bob Marley, que foi o principal ícone do Reggae que já existiu, maior inclusive que a Tribo de Jah, antes de morrer, acabou convertendo-se ao cristianismo. O motivo é que ele queria evitar a fadiga e, também que, na religião Rastafári, o corpo não podia ser violado, então retirar o câncer de pele que Bob desenvolveu, seria errado.

Bob nasceu na Jamaica em 1945, morou com sua mãe em uma favela em Kingston. Bob Marley era filho de pai branco e possuía 1,63m, de, se é que pode chamar assim, altura. Devido a isso, sofria burlling de seus amigos que o chamavam de Nescau, salva-vidas de aquário e constantemente faziam uma brincadeira sem graça do tipo: -“Hey Bob, get up, stand up!” Após essas brincadeiras, ele dizia que chorava, e esses mesmos amigos diziam para ele -“No woman no cry”. Quando ficou adulto, Bob casou-se com Rita Marley com quem teve 4 de seus 12 filhos. Entre eles Zigg Marley e Zagg Marley que seguiram a carreira musical de seus pais cantando repente, apesar de dificilmente se encontrarem, pois estão constantemente mudando de rumo.

O Reggae é um movimento que, seguindo a lógica mundial, se difundiu muito também no Rio Grande do sul e, há boatos que se concentra na região da serra gaúcha. Nativos afirmam que a “serração” logo no início do dia, não são nuvens, mas sim os apressados Rastaman’s em um fenômeno denominado “Show do Armadinho”, onde o ápice ocorre quando o mesmo canta a música “Folha de bananeira”.
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O My one easy deixa claro que não apoia o consumo de drogas em locais fechados, longe do mar, com céu nublado e perto de vulcões em erupção.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Cara de vilão


People, de acordo com um caríssimo instrumento de analisar o tráfego de sites (www.google.com.br/analyitics), reparei que tive uma (1) visita da Califórnia (EUA) nestas quase duas semanas de My One Easy. Já que este americano representa cerca de 50% das visitas do blog, não estranhem se certas palavras forem trocadas de idioma. É apenas uma maneira de deixar esse visitante se sentindo mais em home.
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Ao open as portas de um elevador, surge um senhor de face simpática. Bem educado por daddy e mamãe que sou, disse: “Desce”. O senhor então entra no elevador e me diz: “Você é muito atrevido!”. Certifiquei de verificar se minhas hands não estavam em um lugar inapropriado. Mas percebi que estavam no place certo, logo após o punho.
Em seguida, ele continua: “Você é muito atrevido e corajoso!” Após ele pronunciar esta última word, lembro-me dos leões que matei, dos impérios que destrui, da vez que dei um fatality no Sub-Zero sem a máscara no meu mastersystem que vinha with Alex Kid.

Esperando então um próximo adjetivo do velho, ele prossegue “ Uma vez um rapaz tomou um tapa na cara por dizer desce. Você é muito corajoso pequeno paduan” (A parte do padauan eu inventei). Começo então a reparar que o rosto dele estava descontraindo-se, como se estivesse prester a me pregar uma peça. Então ele infelizmente completa: “É que o cara que deu o tapa é pelotense, e tomo mundo lá gosta de dar!”

Havia outro senhor no elevador, mas ele nem se deu ao trabalho de levantar o canto da boca para fingir que estava rindo nem que fosse um pouco.

Por que eu fui o escolhido para esta infeliz piada? Eu estava ouvindo a música “Dizem que sou louco...” no meu F. Silver, e isso fez eu insinuar que talvez o meu novo amigo fosse além de piadista, crazy. Teoricamente fones de ouvido já afastam as pessoas de tentarem fazer algum contato com você. Mas ao sair do elevador aliviado com o piadista looking to me e dizendo “Desceu!, entendeu?! HAHA!” cheguei a uma conclusão que fez eu perder o chão: Não tenho cara de mau. Mas depois eu olhei para baixo e achei ele de novo. (Foi melhor que a do velho, não?)

Sempre achei ter cara de mau, do tipo que fazia com que as pessoas tivessem fear de falar comigo. Para aumentar a minha ilusão, certa vez entrei em uma comunidade chamada “Eu sempre torço pros vilões”, e lá havia um tópico que dizia: “A pessoa abaixo tem cara de vilão ou mocinho?” Pra ter certeza que faço parte do time dos Lord Sith, fiz o teste, e para aumentar minha ilusão, confirmararam minha aparência bad.

Mas de tempos pra cá, observo que sempre que estou esperando um ônibus, ou quando caminho cuidando para pisar sempre dentro do ladrilho ou mesmo me equilibrando no meio fio, os pedintes vem direto em mim.

Talvez eu esteja vendo desenho demais nessas férias e isso esteja afetando minha testosterona, deixando minha cara mais “pacífica”, coisa que não sou. Mas padrinhos mágicos é um desenho muito bom, não troco eles nem por uma cara de mau. E afinal, não sou pacífico! Sou brigador de rua! Uma vez briguei com um colega meu que vocês precisavam ver, o guri até quase chorou. Ele tinha riscado meu desenho que eu fiz do picachu. Se a teacher da creche não tivesse intervido ele ia ver, eu ia jogar o estojo dele no chão. Boboca.

Acho que vou ter que drink (...) uma atitude séria para terminar com isso. Vou agora mesmo dar um jeito nisso e ficar com cara de mau. Vou comprar um boné da “Manos” e uma corrente de prata com um 50 cent escrito. Quero ver só anybody me pedir alguma thing na rua. Vou aproveitar e comprar um spray pra pixar alguma wall.

Vou economizar muito agora que não precisarei mais dar dinheiro para os pedintes. Com essa grana vou poder comprar o box com todos episódios dos padrinhos mágicos. Nossa, além de mau, sou genial. E sei rimar.

Ah, me esqueci, mais tarde eu vi o mesmo velho pedindo money no restaurante. Aproveitei para testar minha maudade com ele. Quando ele veio me pedir algo, sacaniei ele. Peguei minha nota de cinquenta reais e fiz um risco cabuloso de lápis na nota e a entreguei. Ele até chorou depois, deve ter ficado chocado com tamanha zueira.
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Comentários meigos são bem vindos, doações em dinheiro também, a crise aumentou o preço do box dos padrinhos mágicos

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Meu pequeno gerador de trilha sonora


Já que anteriormente meu querido F. Silver foi citado devido ao episódio no hospital, acho que cabe algumas reflexões sobre a espécime music player`s.

Sempre fui um apaixonado por trilhas sonoras, acredito que a construção da emoção nas cenas das telonas de cinema e até nas telinhas, como a de 42 polegadas de dedo de pedreiro que tenho em casa, se deve em grande parte ao quesito (não achei a trema no meu teclado, maldita reforma, levou embora uma tecla) musical.

Talvez apenas pela trilha sonora, cenas do cotidiano como ogros sendo mortos por elfos de Mordor, carros que se transformam em robôs, se tornem tão especiais e marcantes em nossa vida louca, mano. (Pequena homenagem do My One Easy a música dos truta)

Com a música correta, qualquer acontecimento de nosso dia, por mais trivial que seja, pode parecer uma cena de cinema. Ou vão me dizer que quando estão na rua, seu mp3 toca aquela música que parece ser extraída de filmes policiais americanos (como Xuxa e os Duendes), você não faz uma arminha com as mãos, e passa a se esconder entre os pedestres. Fingi falar em um rádio de comando imaginário terminando as frases com Falcão Alfa desligo (Fazendo também o clássico chiado ao final da transmissão). No final da música, se atira no chão como se tivesse sido baleado alegando estar vendo o túnel. Até parece que sou apenas eu que faço isso.

E não há como duvidar do poder das trilhas sonoras. Tanto quantos as imagens, os sons também podem provocar os sentimentos mais íntimos de quase todo mundo. A pergunta que não quer calar é qual o sentimento que nos instiga a música PSY. Ainda não sei a resposta, mas deve instigar a compra de óculos escuros e pirulitos, que não são sentimentos, mas TODO MUNDO USA, ao menos neste tipo de festa. (Havaianas, aceito patrocínio)

Admito ter me tornado um escravo do meu Foston Silver. Talvez tenha ficado até um pouco anti-social com isso, já que algumas vezes fingi não ter visto um conhecido que recém entrara no ônibus apenas para poder ouvir minhas músicas. Utilizo uma tática infalível, finjo estar lendo os poemas no ônibus. Não é falta de educação, é que eu não podia parar a música no meio, eu precisava saber se o Eduardo e Mônica iam ficar juntos, ora bolas. “É que o filhinho do Eduardo tá de recuperação, chiu-ru-ru”.

Já que the love is in the air, uma vez vi um casal terminando um relacionamento, dava pra perceber que era isso pelas expressões faciais e manuais da moça, visivelmente emocionada. Já o rapaz parecia calmo, tanto que ouvia música em seu mp3 durante o fato, talvez estivesse ouvindo um Reggae Roots. Ou quem sabe, ele estava tentando fazer aquele momento parecer uma cena de filme, tocando a música tema do filme Ghost para aumentar o clima. Que bonitinho. Ou talvez ele simplesmente não tivesse muito preocupado com uma conversa boba e sem importância dessas. Não, um ser humano não seria capaz de tamanha insensibilidade, nunca.

Mas algo me preocupa, vi na televisão outro dia que ouvir o mp3 acima de 75% do volume máximo por mais que 2 horas por dia, causa surdez em cerca de cinco anos. De acordo com meus cálculos (que não são dos mais confiáveis) em mais ou menos dois anos, o filme da minha vida retrocederá na evolução tecnológica e se tornará um filme sem som. Nunca que a televisão nos forneceria informações nao confiáveis, por isso, daqui dois anos, poderei continuar ao menos “vendo” televisão. O único problema é que um filme sem som e música, vai parecer nada mais do que uma vida real.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Filho de pescador, peixe é



OH, um menorzinho,
pra quem entro só de curiosidade nao desanimar o/
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Creio que saibam que me chamo Fagner. Desde o momento em que minha mãe me deu esse nome (Não, ela nem gosta do cantor Raimundo Fagner), começou minha saga pelo universo da vida marinha.

Não raras foram as vezes que um cobrador de ônibus, um parente falecido, um professor de cursinho, um novo colega de faculdade, ou um afro-americano de uma perna só com um gorro vermelho na cabeça me cantaram a música de Raimundo Fagner: “Quem me dera ser um peeeixe, para em seu límpido aquário navegar!” Sabe, antes eu não me importava, agora, também não.

Sou do signo astral de peixes, óbvio. O cavaleiro de ouro Afrodite, do desenho Cavaleiros do Zodíaco, denegriu um pouco a imagem de nós seres aquáticos perante a sociedade. Aonde é que já se viu um cavaleiro enfrentar o outro ATIRANDO ROSAS!! PORR*! E ainda nos chamam de “frutos do mar”! Assim não tem como manter uma boa reputação. Bom, deixe eu me recompor. Como todo bom peixe que se presa, meu ascendente é peixes também, melhor mesmo não misturar as espécies. Vi uma vez no Discovery Channel que essa mistura pode resultar em cria com problema. Quem sou eu para duvidar da televisão.

Se peixes gostassem de calor, eles viveriam na areia. Estenderiam suas cangas na beira da praia, jogariam fresco-ball. Mas não! Peixes vivem na água gelada, longe do calor, ora bolas. Talvez por esse meu elo pisciano, eu deteste da cauda a cabeça o calor. Sinto-me bem quando chove. Gosto do frio, mas principalmente da chuva. (Que coisa não?) Deve ser esse o motivo de eu gostar tanto de bandas como COLDplay, SNOWpatrol, Oasis... E detestar outras como O Rappa, que tem aquela música do pescador... Mas devo ter cuidado. Meu pai é pescador, sócio de uma plataforma de pesca do litoral gaúcho. O perigo mora dentro de casa. Ainda bem que peixes dormem de olhos abertos.

E ainda, minha mãe adora fazer peixe para comermos nos domingos. Eu, como bom representante da espécie, não os como! Seria canibalismo. Mamãe que é catarinense até tenta me convencer: “Oxi meu rei, não gosta de peixe não?” Eu, tentando não magoá-la digo usando um velho truque: “Eu gosto de peixe, mas não a ponto de comê-lo.”

Uma vez, uma amiga da Paraíba ao me ver sentando, esticando as pernas e cruzando-as disse: “Mas bah guri! Tu também tem a mania dos piscianos de deixar as pernas em forma de cauda! Que tri néam?!” Fiquei reflexivo por um bom tempo. Depois dos dois segundos de reflexão percebi que de fato, indícios passavam na minha frente me mostrando a minha verdadeira identidade. Mas como os peixes têm os olhos do lado da cabeça, não pude vê-los.

Custo muito a pegar no sono devido a dormir de olho aberto. Mas este não é meu maior problema. O que realmente me incomoda é que peixe fede bastante, preciso ser sincero com meus leitores. Mas minha dermatologista (a mesma citada no texto ‘Sujo ou Limpo’ leiam depois ele, você não tem nada pra fazer depois mesmo), que cuida das minhas escamas, me receitou um desodorante à base de cola tenaz, o único problema é que não consigo mexer muito os braços. Mas resolveu.

Mas uma coisa eu me diferencio completamente dos peixes. Você engraçadinho que já ia fazer um comentário malicioso, saiba que não gosto nem um pouco de minhocas.
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Eu sei que é chato ficar pedindo o tempo todo, mas nao custa nada um comentariozinho, até você que pulou do inicio para o fim do texto, heim?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

AH! EU SOU... eu sou.


Sabe que esse negócio de blog vicia? Espero que meus leitores (Pai e mãe) estejam gostando dos textos. Beijo mãe!
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Ah! Eu sou gaúcho! Admito já ter gritado isso algumas vezes em todos os shows que fui no meu querido Rio Grande, afim de mostrar meu amor pela minha terra. Dizer essa frase é quase tão raro quanto entonar o hino de algum dos clubes da capital em um final de festa.

Não sou um cara viajado, no sentido oficial da palavra, nunca voei de avião (aposto que se escrevesse ‘andei de avião’ vocês nem iam reparar, dã), o lugar mais longe que me desloquei foi até Florianópolis. Mas já foi o suficiente para não ter tanto orgulho assim de ser chamado de gaúcho. Antes que comecem a me mandar mensagens alegando que a profissão da minha mãe não é a de empresária, deixe-me esclarecer os fatos.

Passei cinco dias na capital catarinense, mais precisamente na época do Reveillon. Durante um trajeto qualquer, observei algo simples, mas que logo me fez refletir (Com tantas praias e garotas de biquíni não me dando bola, eu resolvo refletir). Pois o que vi caro leitor, foi uma parada de ônibus. Mais do que uma, todas as paradas de ônibus de Florianópolis eram de vidro. Você pode estar se perguntando: “e daí?”; ou quem sabe esteja afiando a faca, imaginando ela cortando minha garganta. Tentei calcular quanto tempo uma parada de vidro duraria em minha cidade. Logo me vem à cansada massa cinzenta, o verbo durar é incorreto para esta questão, logo que ‘durar’ não é um termo muito correto para o que viria a acontecer com a indefesa parada.

Eu apostaria, no máximo, em dois dias de vida para as infelizes paradas. Gaúcho que sou, sei como são meus conterrâneos. Em uma madrugada qualquer, com seus quatro amigos: Geléia, Alaor, Lacraia e ET (eis aqui um pré-requisito obrigatório para o vandalismo, a platéia), o másculo e orgulhoso gaúcho diz engrossando a voz: “Se liga só na parada que eu vou fazer com essa parada”. Após fazer este ótimo trocadilho, o garoto de 18 anos dá um famoso “pedalaço” na parada.. As garotas que estavam juntas começam a observá-lo admirando o quão viril é o espécime ciclista dizendo: ‘Bah que tri guri, tá afim de toma um ceva no findi na redença?’

Por mais incrível que isto possa parecer, não estou dizendo nenhuma asneira. É só pensar no que fazem com as novas lixeiras “kinder ovo”. Essas, que são de metal, e são fixadas no concreto para evitar vandalismos. Pobre ilusão do governo. O mesmo gauchinho ciclista consegue destruir o mais resistente metal com suas pedaladas de bombacha. Antigamente as lixeiras eram de plástico, e era comum alguém acidentalmente botar fogo nelas. Sabe como é, faz frio aqui no sul, precisamos nos aquecer.

Poderíamos falar também dos orelhões, aposto que adoram fazer piadas de gaúchos. Este é o único motivo que me vem a tona para que os gaúchos detestem tanto assim orelhões a ponto de destruí-los a socos.

A rica prefeitura de Porto Alegre já custa muito para fazer qualquer obra em benefício do povo, e quando faz, recebe como “feed back”, vandalismo e destruição.
Eu até que tentei diminuir um pouco a falta de educação dos gaúchos ao ver uma parada de vidro destruída, na subida do Morro da Cruz, em Florianópolis. Porém, fiquei sabendo de fonte segura (um Policial e gaúcho, entenderam o trocadilho do segura?) que havia ocorrido um acidente de carro naquele local. Mas não desanimei na minha tentativa de difamar os irmãos catarinenses, tentei de novo.

Vi uma parede pixada próxima à beira-mar e, eis que meus olhos brilharam, ufa! Não é só na terra da Yeda Crusis que tem isso! Para meu completo fracasso, fiquei sabendo pela minha fonte segura (entenderam mesmo o trocadilho?), que justamente quem faz isso, são os turistas, os catarinenses não são burros de destruir a própria cidade.

Não estou dizendo que você, caro leitor gaúcho seja burro, porém tente refletir sobre isso antes de procuram meu nome no Orkut para um futuro homicídio. Mas se quiser procurar, for bonita e solteira, meu nome ta aqui do lado direito do blog, sou o cara da foto ali. Vou lhe mostrar como destruo gostoso uma lixeira de metal, babe.

No entanto, não seja burro (acalme-se) como eu (Gaúcho de Porto Alegre) de refletir sobre isso em Floripa. Espere até um momento que não tenha mais nada para fazer, em uma parada de ônibus (ou no que tiver restado dela) em Porto Alegre parece uma boa idéia. Só reserve um bom dinheiro quando for pagar o ônibus, pois parece que tiveram que aumentar o preço da passagem, estão gastando muito com reforma de lixeiras.
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