sexta-feira, 26 de junho de 2009

Primeiro amigo!


É amigo, quase férias, e para o desagrado da população mundial, o My One Easy terá posts mais frequentes.

Agora nessa vida caseira, sem nada para fazer, algumas coisas do lar e rotineiras despertam a nossa atenção na busca de algo diferente para entreter a tão fadigada mente. Meu pai comprou uma ratoeira ímpar há muitos, muitos anos, tantos anos que nem me lembro se ela é mais velha que ele (?). Mas apesar de seu visível retardamento – refiro-me a ratoeira – conseguiu esta semana capturar o primeiro rato da sua história.

Observando melhor o aparato, trata-se de uma obra prima de alguma das engenharias, devido ao queijo, deve ser a de alimentos, que permite ao rato entrar, mas não sair. Como pode isso? A bosta –refiro-me a ratoeira - é feita só de arame e madeira! Não tem trinque ou sistema de trava pela retina. O inventor deve ter vendido a sua técnica para o senado brasileiro, tem uns ratos lá dentro – refiro-me aos políticos – que depois que lá entraram, nunca mais saíram, e ainda levam a família rastejante junto. Antes que haja represálias, peço desculpas aos ratos por compará-los com políticos, vocês caros roedores são sujos apenas fisicamente.

Pois bem, o princípio da maravilha é bastante inovador: Coloca-se um pedacinho de queijo lanche (não vale mussarela ou suiço) dentro da armadilha com o intuito/finalidade de/para atrair/seduzir o/algum roedor/praga. Não sei quanto tempo um rato dura sem comida, mas acho que pra saber disso vou ter que recorrer a Wikipedia, afinal, meu pai está dando ração de cachorro para o, desculpe o pleonasmo bilíngüe, pequeno Stuart Little.

Mas eu entendo meu baba, são décadas tentando capturar um dentuço, e quando se captura, cria-se um vínculo sentimental, quase carnal com a presa. É mais ou menos o que acontece com o Tom e o Jerry. Tem episódios que o Jerry se finge de morto, e o felino chora! Imagina se enterrassem o cabeçudo?

Mas sabe que eu também fiquei com pena dele, tão bonitinho, cinza, amedrontado, sincero e amigo. Tenho uma cadela vira-lata que encontrarmos sem protetor solar na praia de Magistério. Talvez devido a isso o pelo dela tenha ficado todo preto, tadinha. Eu sugeri dar a ela o nome de Rex, mas mamãe queria algo mais original, então demos a ela o nome de Preta. Esta que viria a aprontar grandes confusões com a minha outra cadela que também tem um nome bastante vanguardista, Lecce.

A cadelinha vira-lata que acabo de descrever não sai do lado da ratoeira, dando tapas na gaiola provavelmente projetada por Aristóteles. Às vezes ela tenta abocanhar o ratinho mesmo ele estando dentro da maravilha arquitetônica. O motivo talvez seja que ela está com fome já que o cinzento está comendo sua ração. Eu também me apeguei ao prisioneiro, talvez seja porque nasci no dia dos animais e às vezes me pareça com um jegue.

Minha mãe, ao contrário de meu pai, não se apegou ao meliante, e por isso colocou veneno na armadilha. O pequeno Stuart comeu o veneno... Mas por se tratar de um espécime altamente desenvolvido e adpeto a leitura, seu organismo resistiu ao cardápio troiano.

Ontem a noite, soltamos – sem o consentimento de mamãe - o debilitado rato em um bairro nobre da Zona Norte (se é que existe um) com a esperança de que ele tenha uma vida decente, longe de senados ou quaisquer instituição política que seja impossível sair, limpo.

No dia seguinte meu pai encontrou um rato igualzinho – eu ainda não desenvolvi a técnica de diferenciar ratos - na garagem de casa, e o matou a chineladas. Como me dizia meu melhor amiguinho na primeira série, o Wesleyson: - Primeiro amigo!! Se fudeu filha da puta! Pega aqui ó!
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Saudade Wesleyson, melhor amigo que tive na vida, mais que o rato.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Stand UP COM


O My One Easy volta mais cedo desta vez, mas é para um convite.
Na próxima quinta-feira (18/06) é o dia do Stand Up COM na FABICO! O show humorístico de Stand Up fica a cargo do SUSTO HUMOR. O evento ocorre no auditório da faculdade de comunicação da UFRGS (Rua Ramiro Barcelos, 2705) a partir das 19h, ao "custo" de 2kg de alimentos não perecíveis. Maionese não vale.

Apesar de a equipe do MOE não ter sido convidada para dar a sua mais famosa paletra “Como não deixar o fracasso subir a cabeça”, nos faremos presentes, portanto, se quiserem fazer escandalo ao ver o presidente das organizações MOE, nem pense em não agarra-lo (se for moça, óbvio)

As pautas debatidas na palestra serão:
Comunicação e linguagem web por Gisele Honscha: mestre e especialista em tecnologias da informação
No media – novos consumidores por Thomas Fontana: profissional da Agência de Marketing Promocional Mazah
Gestão e produção cultural por Dedé Ribeiro: jornalista e produtora cultural

Vamos falar sério de comunicação, mas sem perder a graça

Mais informações no blog http://www.ag2comunica.blogspot.com/
Menos informações em http://ofuxico.terra.com.br/

O convite é sério viu? É as verda.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Assassinato e pontuação


Sou um rapaz de palavra, e como tenho um blog, um rapaz de muitas palavras. Eu avisei que ficaria um tempo sem escrever, e fiquei. Mas como “esquentou”, estou escrevendo com os dedos mesmo denovo, até tentei escrever com aquele membro superior, mas o texto ficou pura gozação.

Eu pretendia demorar um pouco mais para voltar a escrever meus textos críticos embasados metodologicamente em teorias neo-clássicas, mas devido a fatos recentes que aconteceram a pouco tempo, venho aqui para torná-los públicos.

Você que é grande apreciador do blog — ou apenas gosta do layout — deve ficar sabendo que pelo menos um dos textos aqui publicados foi usado para fins pessoais, que não diziam respeito a minha pessoa. O pior de tudo, fui plagiado por um membro da família, mais precisamente por um primo, mais que um primo, um futuro escravo sexual.

Prefiro não revelar o nome do plagiador, é melhor preservar a imagem de um parente, ainda mais um parente como o Marcelo Menegel Pereira, cujo orkut é http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=3673311016643168512 e msn marcelomenegel@hotmail.com.

O pequeno ladrão de textos utilizou-se de minha pseudo habilidade de escrever, e afanou trechos do texto “Portfólio”, conseguindo com isso, ser o único a tirar a nota máxima na sua turma. Foi indagado pelo professor porque parecia que a sua redação havia sido escrita por alguém mais velho, vivido, bonito, com um sinal de nascença no dedão, e que medisse 1,85 metros (não o dedão, a pessoa inteira).

Não tenho nem como pedir para não copiarem o que escrevo aqui, é um blog, não há proteção legal contra cópia. Até acho estranho copiarem as besteiras que escrevo aqui, pois quem gosta de merda é mosca, e sei que meus leitores apenas abrem o blog e fecham um segundo depois só pra contar uma visita, deixando-me assim serelepe.

Não precisa copiar gente, estou pensando em quem sabe começar a talvez “dar” (vai ser pago, e caro) um curso de produção textual com enfoque na pontuação, afinal, é ela que move a Terra, apesar de meu meu avô afirmar que são as minhocas. Se bem que minha vó dizia que a minhoca do vô não movia nada. Mas voltando aos pontos, o meu querido tricolor gaúcho perdeu o último campeonato brasileiro por uma mísera reticência (...); Já o time da avenida Beira-rio perdeu o campeonato nacional de 2005, que até hoje mantém a pontuação de interrogação (?). Pontos são legais, as vezes ouço as pessoas elogiarem os outros (nunca aconteceu comigo) afirmando: “Acertou no ponto”, ou mesmo “Como é pontual”.

Invetaram até uma máquina capaz de fabricar pontos, é o apontador. Mas esse processo tinha muitos pontos fracos, e um deles é que constantemente quebrava a ponta do lápis. Por isso, inventou-se outro método para popularizar a pontuação, é o chamado “ponto eletrônico”.

No entanto, há decadas os pontos vem sofrendo um grave e danoso burling, sendo alvo de diversas piadinhas, as populares piadas de pontinhos. E pior, há uma nítida diferenciação racial dos pontos quanto a sua cor: Pontinho preto, pontinho branco, pontinho azul, pontinho rosa etc.

Mas não pense que me esqueci de você, Marcelo. Pois o que você vai ganhar na próxima vez que nos vermos são alguns pontos, mais do que ganhou de pontuação na redação.
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Ponto para os homens, ponto!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Caminho das Franças


Peço desculpas desde já por um futuro decréscimo no número de textos. Mas a culpa não é minha, é do meu tão querido frio. É que está realmente difícil sentir os dedos com esta temperatura, porém vou continuar escrevendo enquanto eu ainda os sentir. Porém, não se desesperem, já estou praticando escrever com a língua, o único problema é que o teclado que uso tem mais de cinco anos, e por isso fica um gostinho estranho na boca, e ela já está começando a ficar verde. Mesmo assim, não precisam se desesperar, se acontecer alguma coisa também com a língua, tenho um membro superior na parte inferior de meu corpo que é durão o suficiente para aguentar o frio.

O descréscimo posterior (de post’s, entenderam?) também se deverá ao fato de que estou fazendo academia sempre bem cedo, mais precisamente na hora que acordo, tentando levantar as 23 cobertas e 1 lençol. Fico até “inchadinho”, faço aquele teste de tentar escostar a mão no ombro e não consigo.
Já que sair de casa não é a melhor opção, assistir televisão se torna a menos pior das distrações. E como não seria diferente, televisão ou está dando novela, ou tragédia, ou as duas juntas, porque sinceramente, Rare baba, a atuação do Márcio Garcia é uma catastrofe, infelizmente nínguem pode tirar ele de lá, afinal é um Darith.

Tentando fugir da tragédia interpretativa, mudo para um canal o qual não irei revelar para não dar bandeira e, para minhão não surpresa, mais tragédia. Só que desta vez era sobre o avião que foi abdusido no oceano. Como todo e qualquer ser humano dotado de curiosidade, continuei assistindo. Quase tão triste quanto o que havia acontecido com as pessoas que estavam no avião, era o que estava acontecendo com os familiares.

Horas depois da divulgação do desaparecimento do avião, na frente do hotel destinado aos familiares já haviam centenas de repórteres e jornalistas, sedentos por declarações emocionantes capazes de comover o país e aumentar a audiência de seus programetes. Era realmente revoltante ver o que os repórteres estavam fazendo, os familiares chegavam já completamente abalados no aeroporto para buscar informações, alguns mal conseguiam andar de tamanho sofrimento. Esses eram os preferidos para os reporteres, que já abordavam enfiando o microfone na cara da pessoa perguntando: “Você perdeu alguém lá?”, “O que você tá sentindo”? “Qual foi a última coisa que você disse pra ele(a)?” É inadmissível que aconteceça tamanho desrespeitado. Notava-se que muitas pessoas passavam reto desviando dos microfones, ou seja, além de ter que conviver com uma dor irreparável, ainda tinha que se preocupar com formigas que os enchergavam simplesmente como grãos de açucar. Talvez estes repórteres pensem assim: Já que ele perdeu alguém, vamos cerca-lo para não sentir a falta de nínguem.

Uma ou duas pessoas falaram sobre histórias de alguns dos desaparecidos, e estes que falaram eram apenas conhecidos, não eram pessoas próximas. As únicas duas pessoas que falaram foram um que apenas tinha levado o passageiro até o aeroporto, e outra que era mãe da amiga da vítima. Óbvio, porque um pai ou uma mãe não vai sair falando da sua dor pra jornalistas que não estou realmente interessados em ouvir o seu desabafo, no fundo eles apenas estão torcendo para que o entrevistado chore bastante.

Sei que esse é o trabalho deles, mas isso não diminui o fato de se tornar mais um transtorno para uma família que há menos de um dia sofreu um golpe mais forte que um Zidane na boca. Espero que fique claro que o meu repúdio é contra este tipo específico de jornalismo, que ao invés de informar, tenta transformar as pessoas em atores da vida real, que diga-se de passagem, muito melhores que o Márcio Garcia. Se não ficar claro, apenas aumente o brightness do seu monitor.