domingo, 2 de agosto de 2009

Máscara do humor - postagem temática


Não deixe cair a máscara gente.

Agora o garoto que escreve aqui tem twitter (http://twitter.com/fagner_nogueira), e devido a isso acompanhou alguns fatos que ocorreram nesta ferramenta carinhosamente chamada de mini blog pelas pessoas, e que no nosso caso pode se chamar de MyOneEasy light.

Na madrugada de sábado, enquanto o canal de tevê paga Telecine Action exibia o filme “King Kong”, Danilo Gentili entrou no Twitter e escreveu: “Agora no TeleCine King Kong, um macaco q depois q vai p/ cidade e fica famoso pega 1 loira. Quem ele acha q é? Jogador de futebol.

Poucos minutos depois, a repercussão já era maior que o próprio King Kong. O caso chegou a ser analisado inclusive pelo confiável Ministério Público Federal sobre acusação de racismo. Não considero a piada racista, pois se for, deveriam se sentir igualmente revoltados com as piadas baixinhos, loiras, advogados, publicitários, designers, narigudos, carecas, cabeçudos, orelhudos, políticos, papagaios, mudos, cegos, surdos, gays, argentinos, japoneses, judeus, padres, nerds, mulheres frutas, formigas, gaúchos, elefantes e pontinhos.

Um amigo me mostrou este post http://tuliovianna.wordpress.com/2009/07/27/o-riso-como-arma-dos-covardes/ no blog de um professor, e acreditem, fiquei pensativo.

A genialidade do humor está em zombar dos que oprimem e mostrar o quão ridículo são seus preconceitos. Esta frase foi dita no texto citado acima, que prima apenas por uma vertente do humor, referindo-se a ela como a chave de todas. Na opinião deste bostica de 20 anos que vos escreve, a genialidade do humor está em fazer os cantos da boca mais próximos das orelhas. O que há de errado em fazer piada de corno, gay, gaúcho, negro, branco, degradê, etc? Eu adoro piada de gaúcho por um simples motivo, são engraçadas, mesmo que refiram-se a mim e aos meus conterrâneos.

Depois da queda da Bastilha, da queda do muro de Berlim, da queda de cabelo, da queda nas visitas do blog, é hora da queda do politicamente correto. Até porque política e correto são expressões que não combinam muito bem juntas. Impor barreiras até para as piadas, é uma tentativa de vetar uma espontânea forma de expressão da sociedade, que brinca consigo mesma como um cão que tenta morder o próprio rabo. Considerar piadas de negros, gay, etc crime é uma maneira de enfrentar o preconceito ou aumentar-lo? Tenho um amigo homosexual que brinca com sua própria orientação, o que traduz uma máxima: Só podemos considerar alguém amigo de verdade depois que rirmos juntos. E mais amigo ainda quando rimos de nossos problemas. Quando restringirmos e condenamos pessoas por brincar com características de um povo, raça, parece que transformamos essas caracterísiticas em feridas que não podem ser tocadas. E até onde eu sei, ser gay ou negro não é, ou pelo menos não deve ser uma ferida.

Alguém aqui tem medo de fazer brincadeiras com seu melhor amigo? Se sua resposta for sim, esse seu amigo é imaginário, o meu sempre me chingava quando eu o chamava de Tio Chico, mas acontece que ele parecia que tava morto. Não se faz brincadeiras com quem temos distância, o que não cabe ao nosso caso, vivemos em um salada de frutas étnica.

De acordo com o autor do texto citado acima, o humorista, não só o que disse a piada “racista”, mas o programa CQC inteiro utiliza da estratégia do humor como uma máscara, que visa proteger sua individualidade contra qualquer crítica às suas atitudes. Concordo que não se pode isentar de responsabilidades o que foi dito por se tratarem de piadas, pois realmente há piadas que se transformam em ofensas declaradas, que ao contrário da finalidade inicial de uma piada, apenas afasta as orelhas dos cantos da boca. Como foi dito pelo professor, o humor é muitas vezes um instrumento para se afirmar algo que se teme dizer a sério. A mim parece ótimo, se vendesse essa máscara de humor no BIG, eu compraria umas três. Só preste atenção na hora de fazer a compra, compre a máscara que está sorrindo, essa sim é a do humor, e não faz mal algum.

16 comentários:

Marcelo disse...

PRIMEIRO/

Pam disse...

ahhh! q coisa boa! adorei!
ri diversas vezes.. e como esse tipo de humor tá realmente "em voga" achei super pertinente..
concordo com as brincadeiras.. pra mim vetação de piada é a mesma coisa que invenção de nomes politicamente corretos.. nunca dá certo e sempre fica pior do que estava..
que papo é esse de "opção sexual"? quem é que escolhe alguma coisa?
ou essa nova.. de "afrodescendente"?
o apelido da minha irmã aqui em casa é "negão" desde os 12 anos de idade dela.. fala sério!!
o preconceito não é essa coisa que se ri alto, as gargalhadas.. fanfarrona.. ele é sutil, ele é cochichado, é uma cutucada.. um olhar..

bjão!

Fagner Nogueira disse...

Tens razão, corrigi o termo utilizado, obrigado pelo comentário e espero que volte sempre aqui. :)

Marcelo disse...

Parabéns pelo sucesso do blog, já percebi que tem milhões de posts em todos os textos! Parabéns. uhuahua

Anônimo disse...

Cara amei teu blog! quero aparecer por aqui mais vezes!

Rafael Gloria disse...

Curti o texto, Waguinho. Acho muito pertinente você falando sobre humor com tanta propriedade assim (ainda que o tema tenha se perdido um pouco)

abraço

Leo Cardoso disse...

hahaha
Eu ri muito do comentário do Gentili! uahuahua Cara, a intolerância está aí. É ela o verdadeiro preconceito. As pessoas se ofendem demais porque tem vergonha do que são! Belo desabafo meu véio! Aparecerei mais por aqui!
Abraço

Steeh Trevisan disse...

Elee nem falou que o jogador era preto, o racismo esta na mente das pessoas e não na dele.!

Lucas Aita disse...

acho que tem uma pequena diferença (uns 500 anos) entre folgar com negros e papagaios ou loiras...

Fagner Nogueira disse...

e com gaúchos? 100?

Fagner Nogueira disse...

apenas acredito que tu proibir, considerar crime esse tipo de piada só aumenta essa diferença de 500 anos.

Lucas Aita disse...

tu me irrita...
teus argumentos parecem de negao cara

Fagner Nogueira disse...

tu me seduz. te quiero.

Anônimo disse...

Na verdade o teu direito de rir termina no mesmo ponto onde começa o direito do "alvo" da piada de preservar sua própria imagem.
Algumas piadas são o desrespeito e a intolerância escancarados (e afastam mais ainda os cantos da boca das orelhas), mas outras não são preconceituosas, simplesmente brincam com estereótipos.
O problema está em quando as brincadeiras com estereótipos assumem uma armadura acabam reforçando-os, denegrindo - mesmo que sem querer -, de certa forma, a imagem com que brincamos.

.sabrinasilveira disse...

Complicada essa propaganda do Big... tua mãe já leu isso? Eu prefiro o Guarapari...

Anônimo disse...

top [url=http://www.c-online-casino.co.uk/]uk casino bonus[/url] brake the latest [url=http://www.realcazinoz.com/]realcazinoz.com[/url] autonomous no consign perk at the best [url=http://www.baywatchcasino.com/]baywatchcasino.com
[/url].